sexta-feira, 24 de julho de 2015

Sem julgamentos...

As vezes, quando eu abaixo a minha guarda e me permito pensar em você sem julgamentos, eu te desejo de novo com a mesma intensidade de antes. Eu tenho certeza absoluta que eu não te esqueci. Eu sinto o seu perfume, ouço a sua voz, sinto você me tocar, como sempre foi - aliás, como um dia foi.

Eu fecho os meus olhos e mergulho em um devaneio apaziguador. Consigo te ver bem ali na minha frente, naquele momento é só você e eu em meus pensamentos. É só você e eu, eu posso te sentir...
Em meu devaneio, esqueço tudo de mau que você me fez. Não te faço perguntas nem te exijo explicações. Não preciso de respostas, não quero conversar sobre o que aconteceu. Não agora (...).

Tomada pelas boas lembranças, relaxo confortavelmente na poltrona e revivo tudo que passamos juntos há tanto tempo atrás. Todos os  momentos bons que vivemos ao lado um do outro passam lentamente em minha memória como um filme que sinto prazer em rever: as brincadeiras, as  risadas, a companhia nos momentos difíceis, as festas, as noites frias embaixo do edredom... me desligo inteiramente do mundo lá fora, é só você e eu...

Mas de repente sou tomada por uma angústia insuportável, sinto meu coração se apertar e me esforço para não abrir os olhos com medo de perder você. Tento desesperadamente te manter firme em meus pensamentos na ilusão de ter a sua companhia por mais alguns instantes, mas discretamente vejo você se afastar. E então eu não te vejo mais, tudo fica escuro e eu estou novamente só.

Abro meus olhos e endireito a postura. Dou uma olhada em volta me certificando de onde estou, me sinto segura aqui. De olhos bem abertos volto a pensar em você, só que desta vez sobre o quanto você me magoou ... e tudo de ruim que veio a seguir (...).

Você não está aqui. E que bom que não está...


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