segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Quando não é pra ser...

De nada adianta fazer com que as coisas aconteçam...com que alguma coisa em específico, aconteça. Acelerar o passo, reduzir o tempo, procurar alternativas, de nada adianta.. 
Quando não é pra ser, não vai ser. É algo bastante simples.

Mas é difícil carregar no coração o peso de não ter sido... admitir ter feito todo o necessário para que tivesse acontecido, mas não pôde acontecer. Porque estava além da minha capacidade em fazer com que acontecesse, porque não dependia de mim, mas de muitas outras pessoas envolvidas. 
Se não, uma só. 
Deus.

Confesso que aceitar algo, que está além do nosso entendimento e seguir em frente forte como antes, mentalizando apenas que 'para tudo existe uma explicação' e 'Deus sempre tem algo melhor para mim', diria que é, ao meu ver, a parte mais difícil. 
Quando na verdade, tudo de melhor, se resumia apenas a um único acontecimento e este, não aconteceu. 

Não era pra ser... Simples assim.
Não naquele dia, não naquele momento, não naquelas circunstâncias.
Carregar o peso de uma responsabilidade que não cabe a mim, mas ao destino. 
É como estar com as mãos atadas.

De nada adiantou tantas preces, tanta expectativa, tanto sentimento depositado...
É muita ansiedade envolvida, me confunde as emoções.

Procuro por maneiras em vão, de justificar tudo o que antecedeu o que deveria ter acontecido, e não encontro. Claro que não. 
Tudo aconteceu exatamente como era pra ter sido.

Seguir em frente e esperar pelo melhor. É difícil depois de tudo, mas é o necessário a ser feito. 
Acalmar os nervos, aumentar a fé e acreditar de novo.
É só o que me resta a fazer.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Fome de amor... Por Arnaldo Jabor.

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micro e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!" Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí?
Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza?
Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele.

Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém:
"Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vai querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

Arnaldo Jabor

sábado, 15 de fevereiro de 2014

O cavalo e o porco - Para refletir.

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava um determinado espécime.
Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha este determinado cavalo. Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo.

Um mês depois o cavalo adoeceu e ele chamou o veterinário:

– Bem, seu cavalo está com uma virose e precisa tomar este medicamento durante três dias. No terceiro dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor será necessário sacrificá-lo.
Neste momento, o porco escutava toda a conversa...

No dia seguinte deram o medicamento e foram embora.
O porco aproximou-se do cavalo e lhe disse:
– Força, amigo! Levanta daí, senão você será sacrificado!

No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco aproximou-se novamente do cavalo insistindo:
– Vamos lá, amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar... Upa! Um, dois, três...

No terceiro dia, deram o medicamento e o veterinário sacramentou:
– Infelizmente vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco foi ao encontro do cavalo:

– Cara, é agora ou nunca! Levanta logo! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três... Legal, legal, agora mais depressa, vai... Fantástico! Corre, corre mais! Upa, upa, upa!!! Você venceu, Campeão!!!

Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:
– Milagre! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa. Vamos matar o porco!

______
Quantas vezes isso acontece dentro de uma empresa, ou mesmo em nossas famílias, e não percebemos quem era merecedor do mérito por um sucesso alcançado?

Autor: Desconhecido

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Só pelo prazer...

Posso ouvir minha própria respiração neste momento. Nada lá fora me importa agora. Me concentro apenas em mim e no que eu estou sentido. Ouço todos os meus pensamentos, desorganizados e confusos. Começo a dar vida a eles. Alguns ignoro e outros ouço com mais atenção - e estes criam vida fora de mim.

Escrever me acalma os nervos, me endireita os pensamentos, me ajuda  a formar a minha própria opinião. Quando escrevo, no momento em si, eu perco a hora, perco a fome, perco as sensações do mundo que me rodeia. Não ouço sons, tudo passa a existir apenas dentro de mim.
Escrever me liberta, limpa minha alma, tira minha ansiedade, me dá paz e me trás esperanças.

Fico triste em dias que não sinto nada porque não consigo escrever nada. Fico triste em dias que nada de diferente me acontece.. ninguém briga comigo nem vejo se quer uma formiga subir na parede...
Não ouço ninguém falar nada além do que sempre falam: o tempo ta quente, ta calor, não tem chovido. 

Dias assim são os piores parece que não passam. Desejaria apenas que alguém me chateasse, que eu fosse ignorada numa chamada de telefone ou que pudesse pelo menos observar os pingos de chuva molhar o assoalho...para poder escrever sobre aquilo. 
Escrever me mantém viva. Dá cores ao meu mundo e posso dizer a mim mesma que está tudo bem. 
Que vai ficar tudo bem.

Se eu não posso escrever eu fico com aquilo entalado na garganta. porque falar não é a mesma coisa.. Falar não solidifica as palavras.. não posso vê-las depois, nem ter o prazer de trazer a tona todas aquelas sensações a hora que eu quiser revivê-las. 
E eu amo reviver momentos. Saber que aquilo a que tanto me chateava, me trazia ansiedade, me desestimulava, já não faz mais efeito nenhum.
Escrever é como tirar uma foto e ficar olhando pra ela depois.

Se eu pudesse dar um conselho a todas as pessoas do universo eu diria: ESCREVAM.
Mas mais que isso, escreva seus sentimentos, sem medo, nem pressa. 
Escreva apenas pelo simples prazer de você existir.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Como teria sido...(?).

Ruim mesmo é quando termina antes mesmo de começar. Toda aquela expectativa é abortada. Aquele gostinho de quero mais fica pra depois, porque agora é tarde demais pra pensar nisso. 
Pra pensar em algo...

Ruim mesmo é querer saber como teria sido se os ventos tivessem soprado a favor. Se o relógio tivesse tido um pouco mais de calma. Se tivesse havido mais paciência de ambas as partes...
Por mais que eu não queira, o brilho apagou, as luzes se apagaram antes mesmo do espetáculo começar.

Quem sabe seja a resposta de Deus às minhas orações, dizia eu 'senhor livra-me de todas as pessoas que me farão algum mal no futuro. Não permita que adentram a minha vida, nem o meu coração.' e Deus ouviu minhas orações. Senão isso o que pode ser?

Tudo parecia tão perfeito..
Contei nos dedos os dias que faltavam pra nos encontrarmos...
E nos reencontrarmos (...).

Mas talvez eu esteja pensando negativo...talvez eu esteja desacreditando de novo..talvez eu esteja procurando motivos pra justificar a minha falta de sorte.
Talvez não seja nada disso.

Dessa vez alguma coisa mudou aqui dentro (...)
Minha paciência não é mais a mesma.

Então direi a mim mesma quando me lembrar de ti 'Outras pessoas virão.'  E tentarei focar em outras coisas. E outras pessoas.
Porque eu me conheço. Eu sei que é isso que faço sempre. Confesso que não resolve nada de imediato, mas alivia a sensação de não ter sido suficiente.

É isso.
Devo me contentar apenas à minha falta de sorte.
Se é que falta de sorte não seja a desculpa exata pra minha mania em dramatizar as coisas.
To cansada de tudo isso...vou dar um tempo pra tantas interrogações;

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Seja um idiota - Por Arnaldo Jabor.

A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar.
Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso mas... a realidade já é dura, pior se for densa.
Dura, densa e bem ruim.
Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva.
Pule corda!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. 
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante, ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho bem gostoso agora?

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!"

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Cenouras, Ovos e Café - Para Refletir.



Certa vez, um velho sábio recebeu a visita de uma moça que queixava-se de como era sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que, assim que um problema estava resolvido, um outro surgia.

Então, o sábio levou-a até a cozinha. Encheu três panelas com água e colocou todas em fogo alto. Logo, as panelas começaram a ferver. Em uma delas, colocou cenouras, em outra, ovos e, na última, pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
A moça deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.

Minutos depois, o sábio apagou o fogo. Pegou as cenouras, os ovos e o café, colocando-os em recipientes separados.
Virou-se para a moça e perguntou: - O que você está vendo?
- Cenouras, ovos e café - ela respondeu.

Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias. Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e, depois de retirar a casca, verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café.

Ela sorriu ao sentir seu aroma delicioso e então perguntou: - O que isto significa?
- Cada um destes - a cenoura, o ovo e o café - enfrentou a mesma adversidade, a água fervendo, mas cada um reagiu de maneira diferente.

A cenoura, outrora crua e rígida, amoleceu e se tornou frágil.
Os ovos, antes frágeis, mesmo com sua casca protegendo o líquido interior, tornaram-se firmes e mais resistentes.
Já o pó de café é incomparável: depois que o coloquei na água fervente, ele mudou a própria água.

Após um profundo silêncio, o sábio prosseguiu: - Qual deles é você?
Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde?
Você é a cenoura, o ovo ou o pó de café?

Você é como a cenoura, parecendo firme e forte, mas, com a dor e a adversidade, murcha e se torna frágil, perdendo sua força?

Ou será que você é como o ovo, começando maleável, mas, depois de sofrer alguma pressão da vida, torna-se dura? Sua "casca" até parece a mesma, mas por dentro, você está duro.

Será que você é como o pó de café? Você transforma o meio que a aflige, altera o que está trazendo a dor e oferece algo melhor e mais gostoso do que havia antes da adversidade?

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“Não existe melhor ensino pra vida do que as adversidades”. - Disraeli

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Para que você saiba...

Então o tempo passou e você resolveu me procurar. Do nada sentiu minha falta e quis saber o que eu estava fazendo da vida... 
Pois saiba, estou vivendo. Com ou sem você estou vivendo da melhor maneira possível.
Já deveria saber que eu não sou o tipo de mulher que morre por abandonos. Você não era o centro do meu universo. Embora as vezes eu transparecesse isso pelo carinho e consideração que tinha por você..

Lembra das vezes que eu dizia que nossa história nunca iria se acabar? Falei a verdade. Eu acreditava que nunca iria se acabar. Mas falei só por mim mesma. Esqueci que a permanência dependia de você também. E você não fez a sua parte.

Agora, após meses sem dar um sinal de vida resolveu voltar. Sem nem ao menos ter dito adeus. Como quem pouco se importava comigo e meus sentimentos. Resolveu voltar como quem tem o direito de permanecer agora. Falou coisas do seu interesse e quis saber sobre mim, sobre a minha vida, como se ela  realmente fosse importante para você agora.

Você me fez falta tempos atrás, muita falta.(...) Meu coração doia noites e noites sentindo o peso da sua ausência. Deitada em minha cama eu via meu mundo vazio. Perdi o gosto (temporariamente) pelas coisas que fazia tão bem enquanto estávamos juntos. Deixei de ouvir algumas músicas que gostava, pelo simples fato de elas me lembrarem você. 

Mas reaprendi dia após dia a seguir a minha vida.

Queria poder te receber de braços abertos agora e dizer o quanto senti sua falta todo esse tempo. Mas não sei se por orgulho ou porque as palavras não saem da minha boca, não existe mais sentimento para expressar.

Vejo em você uma pessoa diferente dos velhos tempos. Talvez porque os velhos tempos, tenham sido apenas idealização minha - você nunca foi aquela pessoa que eu imaginava que fosse. Se fosse não teria feito o que fez.

Você roubou meus sonhos, machucou meu coração e me marcou profundamente.

Talvez, se estivesse demorado um pouco menos.(...)
Ou se tivesse dado conta da pessoa que sou, um pouco antes.
Mas as coisas estão diferentes agora.

Meu coração mudou.
Você não faz mais parte dele e não há nada que eu possa fazer. 
O lado mais triste do amor, é realmente, não sentir mais nada.

__________
Qualquer semelhança, é mera coincidência.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Dilemas de um sábado a noite...

De repente, me vejo de novo perdida em meus pensamentos. Tentando entender o porque de a história insistir em se repetir. Me culpando do porque me permitir passar por tudo de novo se eu já sabia onde ia chegar desde o começo de tudo.
De novo me pego olhando o celular. Claro que não chegou nenhuma msg desde ha dois minutos atrás quando olhei a última vez. Nenhuma chamada perdida e o sinal do celular está tudo ok. Mas por via das dúvidas checo novamente o whatsapp...talvez eu estivesse sem internet quando ele me enviou a msg e então se eu reconectar, a receba.

Não, não tem nenhuma msg, nenhuma no whatsapp. Talvez ELE esteja sem internet e então me mande um sms ao invés de whatsapp. Checo a caixa de msgs e decepcionada, o registro de ligações. 
Obviamente, nenhuma ligação perdida. 

A bateria do celular está menor que 20 % e eu temo colocá-lo pra carregar no meu quarto. Talvez ele ligue e eu não ouça o celular tocar, ou mande a msg que tanto espero e eu não a veja a tempo ...
Melhor colocar pra carregar bem do lado de mim numa tomada na sala enquanto jogada no sofá, tento ler o meu livro preferido.
(Um olho no livro e outro no celular).
"Isso não está funcionando! De repente meu livro favorito ficou tão chato!"
Jogo o livro pro lado e ligo a TV. Talvez um filme de comédia me anime um pouco.
Seleciono um que de acordo com a sinopse, é divertido e animado, estou 100 % certa que sim!
Vou esquecer o celular e me perder no filme e literalmente, morrer de dar risada.
Quinze minutos de filme e desligo a TV. "Filme chato pra caramba, odeio comédia forçada!"
Olho o livro alí do lado e sinto enjôo "não quero ler".

Ligo meu notbook e resolvo dar uma olhada no facebook, quem sabe aparece alguém legal pra conversar e passar o tempo...
"Humm, pedido de amizade!" "Tomara que seja algum gatinho...tomara que esteja online, que more na minha cidade e principalmente, que seja inteligente". 
Resolvo verificar quem é afinal de contas solicita minha dignifica amizade e de repente, sinto uma onda de esperança brotando novamente.
"Aff, zoado!" 
Ignoro o pedido do bem que podia ser um gatinho moço e resolvo olhar as notificações. 
Convites pra jogos idiotas... algum comentário seguinte à foto que comentei mais cedo e desanimada, fecho o facebook. 

De volta ao celular verifico novamente. Agora faz um pouco mais de tempo que verifiquei a ultima vez (o que já é um progresso!)e desanimada resolvo tirar um cochilo.

"Talvez enquanto eu durmo ele liga, assim que eu não atender verá que tenho coisas bem mais importantes pra fazer do que ficar esperando por sua ligação!" "e talvez até seja tarde demais!" "Talvez eu nem queira mais sair com ele!" "Talvez eu até desista dele."
Viro a cabeça pro lado, agarro a almofada e aguardo pela milésima vez o meu telefone tocar.
E então ele TOCA! =)
 
Com um sobressalto da cama agarro-o com toda força e atendo:
 - Alô! 
E ele calmamente responde do outro lado da linha: 
 - Oi Minha linda.Tô te ligando pra saber se você tá bem e se aceitaria sair comigo de novo. Um cinema, um jantarzinho, uma pizza. Você escolhe :)

Por um momento respiro fundo e penso: "Porque tinha que demorar tanto?"
Mas não digo nada. Ao invés disso, aguardo alguns segundos para que ele não saiba o quanto esperei  ansiosamente por aquela ligação e, com um sorriso sapeca no rosto calmamente eu respondo: 

- Tô um pouco ocupada agora, posso te dar a resposta mais tarde?! ;)

Hahaha, mas é claro que sim, é claro que eu aceito. ♥


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