terça-feira, 24 de setembro de 2013

O Urso e a Panela - Para você refletir...

Há algum tempo, recebi no meu e-mail esta mensagem que mexeu profundamente comigo na época. Talvez pela situação que eu estava vivendo, ou mesmo pela capacidade com que ela nos leva a refletir.
Salvei a mensagem para ler sempre que sentisse vontade ou passasse por uma situação parecida, e senti uma vontade enorme que outras pessoas a lessem também. Tinha  (e tenho) certeza que muitas pessoas estão passando pela mesma situação que eu passei naquela época, em qualquer área das suas vidas. Mas como ainda era novata nessa coisa de internet, enviei apenas aos meus amigos do msn.
Se você se identificar com a história do urso, não pense duas vezes. Liberte-se!

O Urso e a Panela
Um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento.
A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida que o conduziu a um acampamento de caçadores.
Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um caldeirão de comida.Quando a panela já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda a sua força e enfiou a cabeça dentro dela, começando a devorar tudo.
Enquanto abraçava a panela, percebeu algo lhe machucando.
Era o calor do caldeirão… ele estava sendo queimado nas patas, no peito e em todos os lugares em que a panela encostava.
O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, interpretou as queimaduras pelo seu corpo, como algo que queria lhe tirar a comida.
Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra o seu corpo.
Quanto mais a panela quente lhe queimava, mais ele a apertava contra o seu corpo e mais alto rugia.
Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso caído próximo à fogueira, segurando a panela de comida.
O urso tinha tantas queimaduras que a panela grudou no seu corpo e, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.

Na vida, algumas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser muito importantes.
Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, continuamos agarrados a elas!
Temos medo de abandoná-las e esse medo nos provoca ainda mais sofrimento e desespero.
Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos destruídos por algo que, muitas vezes, protegemos, acreditamos e defendemos.
Em alguns momentos da vida, é necessário reconhecer que nem sempre o que valorizamos tanto é realmente importante, muitas vezes nos agarramos, com todas as forças, ao que nos causa apenas angústia e sofrimento…
Tenhamos o discernimento que o urso não teve.
Coragem!
Solte a panela!!!!


-Autor desconhecido-

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Desafios da minha vida profissional... Parte I

' Pensar na carreira deveria ser algo que fizesse a gente suspirar de prazer por significar que estamos atentos ao que está acontecendo ao nosso redor. Mas no meu caso não. Pensar na minha carreira é algo que me tira o ânimo pra vida. Sim com toda essa dramaticidade.
Como no meu perfil, sou farmacêutica, me formei a apróx. 4 anos e desde sempre trabalho na área.
 Quando escolhi essa profissão, não tive muitas dúvidas nem tive que decidir entre farmácia e enfermagem por exemplo ou farmácia e veterinária ou farmácia e qualquer outro curso da área da saúde. Eu queria farmácia e queria ser FARMACÊUTICA ponto final.
Trabalhava numa grande rede de drogarias como caixa. Além de atender o cliente na perfumaria, eu fazia a limpeza da loja, guardava as mercadorias que chegavam diariamente junto com meus colegas de cargo. Todos os dias eu observava os farmacêuticos trabalharem, dando orientação sobre os medicamentos aos clientes e ensinando aos funcionários (como eu) o que era certo e o que errado se tratando de medicamentos e saúde. Observando aquilo eu sabia exatamente onde estava e onde gostaria de chegar no futuro. Eu ia estudar e me tornar uma farmacêutica daquela empresa!
Fiz a matricula na faculdade no inicio de 2006 e comecei o curso de farmácia e bioquímica com duração de 4 anos. Quatro longos anos. Como me lembro dessa época!!!
Durante 4 anos muita coisa muda na vida da gente e apesar (graças a Deus) de eu não ter perdido o emprego ou a saúde nesse período (que julgo grandes obstáculos para a conclusão de um sonho) não foi nada fácil conseguir o diploma.
Várias vezes a empresa fazia revezamento de horários e volta e meia estava eu trabalhando de domingo a domingo das 16hrs as 24:00 hrs. Lembrando que eu estudava de manhã de segunda a sábado..
As vezes eu chegava em casa 1 hora da manhã e acordava as 6 hrs para a faculdade. Em época de provas, eu chegava em casa, comia alguma coisa, tomava um 'banho de gato' e ia estudar pelo menos uns 30 minutos antes de dormir. Acordava no dia seguinte umas 5:00 hrs ou 5:30 hrs e estudava mais um pouco até me arrumar e ir pra aula pra fazer a prova em seguida.
As vezes eu estudava no ônibus no trajeto até o trabalho e não sei você, mas não consigo viajar com a cabeça abaixada que me dá enjoo, as vezes quando eu tava lendo sentia que se alguém encostasse em mim eu vomitava na mesma hora de tão enjoada que tava. Fazia controle psicológico para conseguir estudar. As vezes eu tinha 2 provas no mesmo dia.
Farmácia e bioquímica como todos sabem é um curso muito puxado...quem se aventura nessa escolha tem que dedicar corpo e alma senão não conclui. Graças a Deus concluí! Como eu trabalhava numa empresa grande ela oferecia plano de carreira, eu tinha a chance de me tornar gerente de loja antes mesmo de ser farmacêutica , além de aumentar o salário promoção era  algo que eu almejava muito pelo reconhecimento no currículo no futuro. Então, além do curso puxado que fazia, minha vida era regada a treinamentos para ser promovida e claro, metas e cobranças de venda. Como qualquer outra empresa do ramo de varejo.
Superei tudo isso, terminei a faculdade, fui promovida  a farmacêutica e trabalhei ao lado dos farmacêuticos que eu admirava quando era somente uma caixa de loja.
Tempo vai tempo vem, comecei desanimar com a profissão. Percebi que nem tudo era flores, que não tinha vida social e que nem amigos fora daquela empresa eu tinha, pois não tinha energia para fazer nem manter as amizades.
Trabalhar por escala e com horários puxados e além do grande fluxo de clientes que atendíamos no dia, esgota a energia de qualquer ser humano. Pensar nisso foi me tirando as energias..cada dia que se passava eu me desanimava um pouco mais até que decidi que queria sair da empresa. Buscar novos desafios. Trabalhar com outras pessoas, cumprir outras regras. Quem sabe, trabalhar de segunda a sexta (sonho de consumo de qualquer pessoa do ramo de varejo e da área da saúde).
 'Começar de novo', agora como uma profissional.
Pedi aos meus supervisores que me demitissem e depois de muita enrolação (eles não acreditavam que eu queria mesmo sair) fui demitida em janeiro de 2012.

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